Professoras e alunos de curso de especialização da Universidade realizam imersão nas práticas italianas na área

Uma comitiva da Universidade de Caxias do Sul partiu no sábado, 22 de fevereiro, rumo às cidades italianas de Bolonha, Trieste e Veneza, onde vivencia dez dias de experiências relacionadas ao tema saúde mental coletiva. O grupo do curso de especialização em Saúde Mental Coletiva da UCS é formado por 11 estudantes e duas professoras – Margarete Isoton de David e Elizabete Bertele. A ação resulta da interlocução entre as áreas do conhecimento de Ciências da Vida e Humanidades da Instituição.

O roteiro inclui a participação no XVII Laboratório Ítalo-Brasileiro (e não só) de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva, que promove olhares para a Solidariedade entre os povos, diplomacia civil e políticas públicas de saúde coletiva numa perspectiva internacional, como destaca o tema do evento. As atividades programadas para estudantes e professoras permitirão ampliar os conhecimentos a partir do contato com práticas locais e modelos de serviços de saúde mental considerados referência. A missão conta com a parceria da Università di Parma, o apoio do Laboratório Ítalo-brasileiro de Formação, Pesquisa e Prática em Saúde Coletiva e da Regione Emilia-Romagna.

No ano em que são celebrados os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, a aproximação ilustra as ricas trocas culturais e educacionais impulsionadas a partir da relação entre Brasil e Itália. “A iniciativa agrega ao movimento de parceria impulsionado por diferentes acordos aperfeiçoados e incrementados pela UCS com instituições italianas”, valoriza o reitor, professor Gelson Leonardo Rech.

Confira as expectativas e percepções de algumas alunas do curso que integram a missão acadêmica:

“Sou natural de um município de imigração italiana. Viver a experiência de conhecer a Itália e os serviços de Saúde Mental que são referência para o Brasil tem sido uma experiência transformadora. Trago comigo expectativas de imersão na cultura e de conhecimentos que já estão sendo superadas”. Ingrid Stake, assistente social

“Entendo que os conhecimentos e discussões que temos tido, tanto por meio desta especialização quanto pela experiência de trocas ítalo-brasileiras sobre os diferentes modelos em saúde e em saúde mental coletiva, sejam necessários para todos os profissionais. É uma rica experiência de reconhecimento ao que temos construído, assim como do caminho que ainda precisamos percorrer para que tenhamos uma saúde de qualidade para todos”. Laís Duarte Corrêa, assistente social e professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina

“Esta oportunidade de viajar para a Itália, mais especificamente para Bolonha, tem sido incrível. Aprender sobre saúde mental é também entender que existem outras formas de cuidado, e que isso é possível ao conhecer outras culturas, outros saberes. Esse processo de conhecimento possibilita o crescimento profissional e pessoal”. Angélica Samara Pereira, assistente social

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